Em Moçambique, avó cuida de neta cuja mãe morreu vítima de uma doença relacionada a AIDS.
À medida que o mundo entra na quarta década da AIDS, “estamos finalmente em condição de terminar com a epidemia”, afirmou o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em mensagem para o Dia Mundial da AIDS (01/12).
Ele observou que o número de novas infecções pelo vírus HIV vem diminuindo na maioria das regiões do mundo e que, só em 2010, tratamentos impediram mais de 700 mil mortes relacionadas à doença. “Precisamos continuar construindo a partir do comprometimento político, do investimento, da energia, do ativismo e da determinação que nos trouxeram até esse momento decisivo”, afirmou.
O Presidente da Assembleia Geral, Nasser Abdulaziz Al-Nasser, comentou que o tema do Dia este ano, “Chegando a Zero”, reflete tanto o otimismo quanto a necessidade de haver mais ação, observando que enquanto 6,5 milhões de pessoas recebem tratamento, mais de 7 milhões ainda sofrem com a falta de acesso.
Nesta quarta-feira (30/11) a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o UNAIDS lançaram um relatório sobre a resposta global ao HIV/AIDS, destacando o fato de que há uma possibilidade real de pôr fim à epidemia. As agências ressaltaram, no entanto, que este resultado só poderá ser alcançado se o atual momento for sustentado e acelerado nas próximas décadas.
O Diretor-Executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS-SIDA (UNAIDS), Michel Sidibé, observou que apesar da recessão econômica que levou a resposta à AIDS ao seu limite, milhões de vidas foram salvas, com os tratamentos e esforços de prevenção mostrando resultados. Ele pediu aos países e doadores que alcancem a meta de investimento global de cerca de 24 bilhões de dólares para a resposta à AIDS.
Sidibé agradeceu a decisão da China de aumentar seus investimentos para a resposta ao HIV, ressaltando que o compromisso vem em um momento crucial em que os recursos para a AIDS estão diminuindo.
O Dia Mundial da AIDS também foi marcado pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA), que ressaltou a importância de fornecer apoio nutricional para as pessoas vivendo com o HIV e para suas famílias. O PMA trabalha com comunidades e centros de saúdes para assegurar que as pessoas afetadas pelo HIV recebam um amplo apoio que fortaleça seus corpos.
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